Agricultoras e agricultores de cinco municípios foram reunidos em Itapipoca para atividades práticas e teóricas do projeto

Nesta semana, do dia 18 a 20 de fevereiro, o CETRA deu início a formação das Multiplicadoras e dos Multiplicadores em Agroecologia e Agrofloresta do projeto Floresta de Alimentos.

Agricultoras e agricultores participaram do primeiro dos cinco módulos de formação do grupo. A turma foi apresentada a teoria e prática de agrofloresta, com oficinas teóricas e um dia de implantação na área da família da Rojane, uma das multiplicadoras, que é do assentamento Maceió, em Itapipoca.

As e os participantes vão aplicar os conhecimentos nos próprios sistemas agroflorestais, quintais produtivos e comunidades saudáveis e sustentáveis. Além disso, elas e eles vão mobilizar pessoas das comunidades a também conhecerem a agroecologia.

A Yasmim, de 18 anos, é uma das multiplicadoras. Ela é do assentamento Várzea do Mundaú, em Trairi, e segue os passos da mãe e do pai na agricultura desde que se entende por gente. Após a primeira etapa da formação, a jovem diz que já consegue visualizar como será a Floresta de Alimentos dela.

“Pra mim está sendo ótimo [o curso]. Sempre gostei de plantas, mais de frutos. Eu me remeti a esse curso justamente para ter um plantio só de fruteiras”, afirma.

O Seu Chico Novo, de 65 anos, do Assentamento Batalha, em Trairi, é agricultor desde os 8 anos de idade, mas conseguiu aprender muita coisa nova que pretende levar para a comunidade.

A Zélia, que é agricultora e uma das lideranças da Feira Agroecológica e Solidária de Paracuru diz ter aprendido muito “tanto na parte teórica quanto na prática”.

Ao todo, 30 pessoas serão formadas no Ceará como multiplicadoras e multiplicadores em Agroecologia e Agrofloresta pelo projeto Floresta de Alimentos. A turma cearense é composta por agricultoras e agricultores dos municípios de:

• Itapipoca;
• Trairi;
• Acaraú;
• Paraipaba;
• Paracuru.

Outra turma será formada no Rio Grande do Norte, pela Diaconia, que realiza o projeto com o CETRA e com apoio da Petrobras.

A proposta segue uma linha de atuação do CETRA de formar pessoas em agroecologia e agroflores e, com isso, conseguir mais apoio para as ações nos territórios, explica Odevandro Martins, agroflorestor e técnico de campo do Floresta de Alimentos.

“[O objetivo é que] nesses três anos [de execução do projeto] a gente tenha essas pessoas, essas/es agricultoras/es que vão nos dar apoio, vão apoiar a comunidade já que estão passando por um momento de formação, que estão sendo capacitados”, conclui.