Floresta de alimentos é lançado no rio grande do norte

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Além do Ceará, o projeto realizado em parceria com a Petrobras contempla municípios do RN com o trabalho da Diaconia

Na última quarta-feira (26) a Diaconia lançou a versão do Rio Grande do Norte do projeto Floresta de Alimentos. A iniciativa é realizada pela entidade e CETRA, em parceria com a Petrobras, e contempla cidades cearenses e potiguares. O segundo lançamento foi uma grande festa que reuniu agricultoras, agricultores, feirantes, autoridades e representantes da sociedade civil em Carnaubais (RN), cidade do Vale do Assu.

No Rio Grande do Norte, o Floresta de Alimentos contempla, além de Carnaubais, os municípios de Mossoró, Areia Branca, Alto do Rodrigues e Natal. No Ceará, os municípios são Acaraú, Paracuru, Paraipaba, Trairi, Fortaleza e Itapipoca.

Em três anos de execução, o projeto pretende implantar Sistemas Agroflorestais (SAFs), quintais produtivos e fortalecer áreas de proteção ambiental. Além disso, o Floresta de Alimentos traz tecnologias sociais, como os sistemas de reúso de águas cinzas (RAC) e fogões ecológicos.

Além de mitigar os efeitos do aquecimento global por meio da recuperação do meio ambiente, a iniciativa visa gerar renda para as famílias agricultoras e garantir uma alimentação de qualidade.

“É importante fazer esse momento de celebração de início do projeto divulgar pra sociedade a importância da agrofloresta e do projeto Floresta de Alimentos para discutir uma agricultura mais sustentável em que a gente possa conservar e produzir alimentos ao mesmo tempo”, destacou Luis Eduardo Sobral, coordenador do Floresta de Alimentos pelo CETRA.

Risoneide Lima, coordenadora do projeto na Diaconia, conta que as famílias já foram mobilizadas no Rio Grande do Norte e a equipe vai iniciar as implantações.

Ela explica que, além de contribuir positivamente contra a crise climática, a iniciativa busca “fortalecer as capacidades das comunidades e territórios tradicionais para a gestão sustentável dos agroecossistemas e para a convivência com o semiárido.

“Consolidando a bioeconomia solidária como estratégia para a redução do desmatamento, da recuperação de áreas degradadas, da restauração florestal, do sequestro e estoque de carbono, da conservação dos mananciais hídricos e da proteção da agrosociobiodiversidade”, acrescenta Risoneide

A agricultora Aparecida, de Areia Branca, quer mesclar o plantio de caju que ela já tem com outras plantas. “Esse projeto vai trazer muitos benefícios para nossa comunidade, vamos trazer mais variedades para meu quintal e também a agrofloresta”, afirma.

O agricultor José Genício, de Carnaubais, vai colocar mais frutas no quintal produtivo da família dele. “Quanto mais a pessoa tiver uma alimentação mais saudável, tem uma melhora de vida”, disse.

A Yara, de Alto do Rodrigues, está empolgada para aprender a plantar mais hortaliças e se apropriar de técnicas da agricultora: “estou gostando muito desse projeto porque eu quero aprender e colocar em prática tudo que conseguir absorver”.

No Ceará, o Projeto Floresta de Alimentos é desenvolvido em parceria com a Rede de Agricultores/as Agroecológicos/as e Solidários/as dos territórios Vales do Curu/Litoral Oeste. No estado do Rio Grande do Norte, a iniciativa conta com o apoio dos Sindicatos dos Trabalhadores/as Rurais.

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