Texto: Francisco Barbosa

Fotos: Geórgia Figueiredo e Larissa Rodrigues

Durante o mês de abril, o CETRA realizou, no território do Maciço de Baturité, rodas de conversa com mulheres de vinte e seis comunidades. Com o tema: Mulheres em Movimento: contra a violência e opressão, a ação proporcionou o debate e a troca de informações sobre a questão da violência contra a mulher, principalmente no que se refere à mulher do campo. As atividades fazem parte do projeto ATER Agroecologia Sustentabilidade da Serra ao Sertão em parceria com a Defensoria Pública e STTR.

Aproximadamente 170 mulheres participaram das rodas de conversa onde debateram os tipos de violências contra a mulher e o que caracteriza cada tipo; esclarecimento sobre a Lei Maria da Penha e sobre os serviços de apoio à mulher em situação de abuso e de violência doméstica; feminicídio e a sua causa. As atividades aconteceram por meio de reflexões, usando alguns exemplos de casos reais e relatos de vida das mulheres. Além disso, foi usada uma instalação pedagógica com imagens que representavam alguns exemplos dos tipos de violências sofridas por mulheres.

De acordo com Mônica Barbosa, coordenadora do CETRA no território do Maciço de Baturité, a discussão sobre esse tema é importante para dar visibilidade às formas de violência que as mulheres sofrem, tanto na esfera pública quanto na privada, e para provocar mudanças no pensar e no agir dos que praticam e toleram e, sobretudo, para mudar a percepção da vítima sobre a sua própria condição.

O projeto Sustentabilidade da Serra ao Sertão é desenvolvido desde o ano de 2015 no Maciço de Baturité. O projeto desenvolve uma ATER destinada a famílias agricultoras visando consolidar e ampliar processos de promoção da agroecologia para promoção do desenvolvimento local/territorial e de seus processos organizativos. Tem como principal apoiador o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).