CETRA: Há 35 anos tecendo histórias de resistência

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Para comemorar seus 35 anos de história, lutas e conquistas, o Centro de Estudos do Trabalho e de Assessoria ao Trabalhador – CETRA realiza uma noite de celebração na próxima segunda-feira, dia 18 de dezembro, no Theatro José de Alencar, localizado na rua Liberato Barroso, nº525, Centro – Fortaleza (CE), a partir das 19 horas.

 

Desde o ano passado, o CETRA desenvolve a campanha CETRA 35 anos – Tecendo Histórias de Resistência na qual, durante um ano, vem realizando ações e comemorações em diversos municípios onde atua para celebrar todas as lutas e conquistas ao lado dos trabalhadores e das trabalhadoras do campo. O fim da campanha se dá justamente no dia 18 e, para fechar o ciclo de comemorações, Fortaleza será palco da ultima ação.

 

Em uma noite repleta de atrações, as/os participantes terão a oportunidade de passear um pouco sobre a trajetória da instituição através dos relatos das pessoas que deixaram suas marcas no decorrer desses anos. Durante o evento haverá a 4ª Exposição Fotográfica da Juventude Rural dos territórios Vales do Curu e Aracatiaçu: Mulheres do Semiárido: Afetos e Resistências, realizada por jovens que participam do projeto Juventude Comunica Direitos, desenvolvido pelo CETRA. A noite também reservará um momento de homenagem às ex-presidentas e aos ex-presidentes do CETRA e a apresentação do teaser do documentário sobre os 35 anos da instituição que será lançado no próximo ano. Além disso, haverá diversos stands no jardim do Theatro José de Alencar com produtos da agricultura familiar à venda.

 

A programação também contará com apresentações artísticas dos grupos Balanço do Coqueiro, do assentamento Maceió, e Parente Torém, do povo Tremembé da Barra do Mundaú, ambos de Itapipoca.

 

O grupo Balanço do Coqueiro é acompanhado pelo projeto Juventude Comunica Direitos que realiza trabalhos voltados para formação, informação e comunicação com jovens rurais do semiárido cearense. Já o grupo Parente Torém, formado por índios e índias Tremembé da Barra do Mundaú, teve início dentro do projeto Ação Tremembé, desenvolvido desde 2016 com o objetivo de apoiar a defesa e proteção dos direitos humanos do Povo Indígena Tremembé daquela região, por meio do fortalecimento de conhecimentos, meios de ação e capacidades de articulação, diálogo, visibilidade e incidência política das índias e dos índios e de suas organizações. Ambos os projetos são realizados pelo CETRA com financiamento da União Europeia.

Durante todo o evento, a instituição receberá doações de livros e brinquedos educativos que serão doados para escolas de comunidades rurais. A noite será encerrada com o show da banda Os Transacionais.

Medalha Manoel Veríssimo

Um dos grandes momentos da noite será a entrega da medalha Manoel Veríssimo, criada em 2006 pelo CETRA para celebrar a luta de pessoas, instituições e movimentos sociais que, de alguma forma, contribuíram ou contribuem com a luta pela terra em nosso Estado e, claro, realizam ações para a construção de um Semiárido vivo e digno de viver.

 

As homenageadas e os homenageados deste ano são: Camilo Santana, Governador do estado do Ceará; Antônio Pinheiro de Freitas, Fundador do CETRA; Lucia Maria Paixão Aragão, Sócia; Genero Manuel Soares, Liderança do Assentamento Escalvado (Itapipoca) e ; Centro de Desenvolvimento Agroecológico Sabiá.

 

A medalha, que é entregue a cada cinco anos, leva o nome de Manoel Veríssimo em homenagem ao agricultor assassinado em 1986, em Trairi, enquanto reivindicava o direito a terra.

Sobre o CETRA

O Centro de Estudos do Trabalho e de Assessoria ao Trabalhador – CETRA foi criado oficialmente em 30 de dezembro de 1981. Durante a sua trajetória realizou trabalhos voltados para assessoria jurídica, assessoria técnica e rural junto aos agricultores e agricultoras. Em 2000 se associou à Articulação do Semiárido Brasileiro – ASA e, desde então, vem realizando ações voltadas para a Convivência com o Semiárido.

 

Seu trabalho é pautado pela luta por terra, pelo direito a água de qualidade, reforma agrária, demarcação de terras indígenas e quilombolas, feminismo, diversidade, agroecologia, economia solidária, cultura e as juventudes.

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