Rede ATER/NE se reúne para atividade de formação sobre agroecossistemas camponeses

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Texto e foto: Thiberio Azevedo

No final da última semana (30e 31/10 e 01/11), representantes de todas as instituições que formam a Rede ATER/NE se reuniram em Mundaú, para a realização do encontro de formação da rede. A ocasião serviu para a realização de mais um teste do instrumental de pesquisa da Rede, a chamada caracterização das áreas de vida e produção das famílias agricultoras.

Esses instrumental foi sugerido pela rede, ao Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), para que fosse utilizado nos projetos de assessoria às famílias camponesas.  Ele já vem sendo utilizado pela Rede ATER/NE há alguns anos e foi sugerida ao ministério, para substituir o questionário utilizado, por algo que trabalhasse a reflexão dos/as técnicos/as e agricultores/as sobre os vários processos do agroecossistema camponês.

Ela será usado na Chamada ATER de Agroecologia, patrocinada pelo órgão e realizada por diversas organizações em todo o Brasil, entre elas, algumas instituições que formam a Rede. Para fortalecer a prática o grupo realizou um debate a partir de um momento de formação facilitado por Paulo Petersen, agrônomo da AS-PTA, com o tema Economia dos Agroecossistemas de Gestão Camponesa.

Na manhã da sexta-feira (31/10), o grupo se dividiu e visitou quatro famílias agricultoras do território, para aplicação da caracterização. “Esse exercício que a gente está fazendo é para procurar entender a lógica das famílias no processo de tomada de decisões, nos rumos que ela coloca o seu sistema produtivo, e isso faz parte do processo que o MDA chamou de caracterização do agroecossitema”, explica Geovane Xenofonte, coordenador geral da ONG Caatinga, de Pernambuco.

A intenção da Rede ATER/NE com essa caracterização é incluir elementos pedagógicos que proporcionem o diálogo e a reflexão sobre o sistema produtivo das famílias, facilitando assim o planejamento da assessoria e o fortalecimento da inovações dos/as agricultores/as. “Ela (a caracterização) é feita de uma forma, que também as famílias se enxerguem ali dentro, e que a família veja que seu conhecimento e suas práticas estão sendo reconhecidos, estão sendo valorizados e, em certos casos, estão sendo difundidos pra outras famílias, a medida que são também organizados intercâmbios de troca de experiência”, completa Geovane.

rede 2014 mundaú

 

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