Assentamentos em Ação

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Áreas de atuação: Vales do Curu e Aracatiaçu e Sertão Central (2009-10)
Início: A assistência técnica aos assentamentos federais começa em 2005 como convênio, mas como chamada pública o início é em 2010.

A agricultura familiar no Brasil se caracteriza em especial pela sua diversidade; são grupos diversos, ligados a heranças e matizes culturais diferentes, que se desenvolveram a partir de necessidades e experiências locais e/ou regionais acumuladas, passando pela disponibilidade e caracterização das paisagens, climas, solos, contextos econômico-produtivos e até o acesso às políticas públicas como crédito, reforma agrária e assistência técnica.

Sabemos que historicamente o meio rural, em especial o Nordeste, foi construído no imaginário brasileiro numa representação social negativa, associada à pobreza, oposto da civilização, sem potencialidades culturais e atrasado, diferente da mordernização encontrada no espaço urbano. A despeito disso, a agricultura familiar é reponsável pela produção da maior parte dos alimentos que chegam às mesas da população, oferecendo important contribuição para a segurança alimentar e nutricional do país. Além disso, concentra um conjunto de aspectos socioeconômicos produtivos e culturais que responde pelo mercado interno.

Dessa forma, este projeto vem com a proposta de fortalecer e melhorar as experiências das famílias camponesas, aliando ser humano e meio ambiente com ações concretas para o manejo sustentável e a conservação da biodiversidade intríseca à produção de alimentos saudáveis com o incentivo de práticas agroecológicas. A idéia central do projeto é prestar assistência técnica e extensão rural (ATER) com qualidade, junto às famílias de áreas de assentamentos, enfrentando as problemáticas naturais através da realização de ações para a consolidação do desenvolvimento rural sustentável e solidário, de acordo com a realidade de cada assentamento, fortalecendo a agricultura familiar e valorizando os diversos sujeitos do espaço rural, com destaque para mulheres e jovens.

O princípio da Assessoria Técnica Rural é ir ao encontro dos processos de transição agroecológica através de metodologias participativas que priorizem o diálogo, possibilitando a reflexão e a socialização dos conhecimentos específicos adquiridos, construindo o saber agroecológico e unindo sabedoria popular com conhecimento científico, este presente na figura do técnico. Embora a questão prioritária seja a garantia da segurança alimentar e nutricional das famílias, é trabalhada também a obtenção de rendimentos através da comercialização de excedentes e, além da questão produtiva, há também assistência à organização social e à educação.

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