Quintais para a Vida

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Área de atuação: Sertão Central e Vales do Curu e Aracatiaçu
Início: 2008

O desafio é esse: multiplicar conhecimentos agroecológicos no terreiro de casa. E as famílias participantes do projeto aceitaram, se esforçando para desenvolver suas práticas de cultivo de um jeito diferente do convencional, sem queimar, sem brocar e sem usar agrotóxicos, além da própria revalorização simbólica do quintal como um espaço de trabalho, encontros e conversas da família e dos amigos. A partir daí começaram a surgir os diferentes aspectos dos quintais agroecológicos, sendo este um espaço historicamente cultivado pelas mulheres, que passam a se expressar na dinâmica social e produtiva, possibilitando a formação e uma poupança rural ou de renda extra a partir da venda dos excedentes nas feiras agroecológicas.

Os Quintais são compreendidos como uma tecnologia social de acesso e manejo produtivo da terra, das águas, das sementes, da diversidade produtiva dos sistemas agrícolas e do jeito de fazer das comunidades do território, promovendo a sustentabilidade da agricultura familiar. É nesse espaço que serão plantadas diversas culturas, entre frutas, legumes e hortaliças, além da criação de animais, num sistema sustentável e integrado, em harmonia com o meio ambiente.

Como a intenção é fortalecer a idéia da convivência com o semiárido, geralmente o trabalho é realizado no sentido da construção de outra tecnologia social, que é a cisterna calçadão, com volume total de 52 mil litros, que acumula água da chuva para a produção e consumo humano, especialmente para ser utilizada em sistemas de produção no entorno da casa, garantindo a segurança alimentar, nutricional e hídrica das famílias, numa perspectiva de convivência com o semiárido. A idéia debatida é que não é o meio ambiente e suas condições climáticas que constituem o problema do semiárido, logo não é ele que deve ser modificado, mas as práticas humanas realizadas no espaço.

O Projeto Quintais para a Vida e o acompanhamento sistemático do CETRA na implantação dessa tecnologia têm início em 2009, com base no manejo agroecológico e na interação contínua entre os agricultores e agricultoras experimentadores e multiplicadores e a equipe técnico-social da instituição. No início, foram 30 quintais divididos entre os municípios de Amontada, Apuiarés, Itapipoca, Tururu e Trairi; hoje já são 50 no Território Vales do Curu e Aracatiaçu, além de 20 no Sertão Central, divididos entre Quixadá, Quixeramobim e Banabuiú.

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