Por Israel Vancouver

Em 3 de outubro, comemoramos o dia da agroecologia, e, em 4 de outubro, celebramos o dia da natureza. É importante estabelecer a relação entre essas duas datas. 4 de outubro foi escolhido para conscientizar a população acerca da importância da preservação ambiental, do respeito à fauna e à flora, do cuidado com os ecossistemas, com os solos e com tudo que faz parte do nosso lugar comum. Especialmente em 2023, ano que pode vir a se consolidar como o mais quente da história, devido às altas temperaturas causadas por fenômenos climáticos e intensificadas pelos efeitos do aquecimento global, é crucial debatermos esses temas com mais profundidade.

Nessa perspectiva, o CETRA é uma instituição que possui mais de 40 anos atuando na questão da agroecologia e no fomento e disseminação dessa prática. Mas o que seria essa agroecologia? Segundo Neila Santos, economista doméstica e coordenadora executiva da instituição, “Agroecologia é um modo de vida que busca equilibrar a relação dos seres humanos com a natureza, e entre os próprios seres humanos, numa concepção de que agroecologia não deve ter apenas cunho ambiental, mas também um olhar político, social, cultural e ambiental”.

É por isso que não há como falar de preservação ambiental ou respeito à natureza sem falar de agroecologia. Não é novidade para ninguém que a natureza é essencial à vida e a preservação do solo é imprescindível para nossa alimentação, portanto é nosso papel individual e coletivo fomentar a agroecologia por onde formos. É por um mundo melhor, por uma sociedade mais justa e por maior qualidade de vida para todos e todas.

“A relação da agroecologia com a preservação ambiental é que a agroecologia, a partir de seus princípios básicos de  preservar a natureza e os seres que nela e dela vivem com as diferentes formas de vida, garante a biodiversidade, sem o uso de agrotóxico e práticas destruidoras do meio ambiente” – Neila Santos.

Neste dia da natureza, é importante relembrar as práticas já disseminadas e de amplo conhecimento relacionadas à preservação, mas precisamos reforçar o papel da agroecologia em nosso mundo, na ideia não só de cuidado ambiental mas também de avanços sociais relevantes para nosso povo. Neste 4 de outubro, fortificamos que, de fato, a natureza é essencial à vida, mas adicionamos a noção de que a agroecologia é essencial à natureza.