Começando 2015 com Agroecologia

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No último sábado, na casa de Seu Moacir, comunidade Nova Amizade, em Quixeramobim, aconteceu a primeira reunião da Rede de Agricultores/as Agroecológicos/as do Sertão Central em 2015. O encontro aconteceu com ampla presença de agricultores e convidados, como o CETRA e a FETRAECE, que contribuíram reforçando a importância da rede para a construção da agroecologia no território do Sertão Central.

O primeiro momento foi marcado por dinâmicas de grupo e apresentações, fazendo valer o objetivo de sempre; agregar pessoas interessadas na construção da agroecologia, contribuindo para a ampliação e fortalecimento da rede. Depois desse momento houve a retrospectiva das reuniões passadas e Seu Aureliano trouxe a história da construção da rede, para contextualizar os novos participantes.

As apresentações da rede sempre trazem alguns pontos para debate, dessa vez foi possível conhecer um pouco mais sobre a diferença da produção orgânica e agroecológica, destacando que a agroecologia trabalha para além do orgânico, não apenas abolindo o uso de defensivos químicos, mas produzindo de forma harmônica com os ciclos da natureza, sem monocultura, voltado para família, integrando culturas diferentes, planejando o enriquecimento do solo e as produções em consórcio.

Após o debate, Luis Eduardo, agrônomo e coordenador técnico do CETRA, apresentou dois projetos para a rede; o Manos Unidas, que consiste em fortalecer as redes territoriais de agricultores /as agroecológicos/as e solidários, com foco na gestão social e na socioeconomia solidária, destacando também o fortalecimento do protagonismo juvenil e ampliação do acesso e gestão das políticas públicas, fortalecendo parcerias e participação da rede nos espaços de gestão e controle social e a chamada pública de agroecologia do sertão central, que envolverá cerca de 600 famílias e a rede terá um papel de parceria importante.

No fim da manhã, o técnico agrícola Odevandro Fernandes, do CETRA, começou a discutir o planejamento do Sistema Agroflorestal (SAF) de Seu Moacir, mapeando a área, discutindo as condições do solo, o foco produtivo da família, quais culturas seriam implementadas e como o SAF nasceria nesse contexto. Nesse momento todos participaram, trocando experiências, construindo conhecimento, debatendo e orientando através de suas próprias experiências e após esse momento rico, todos se dirigiram a casa do agricultor Otacildo Rocha, na comunidade Jardim, vizinha a Nova Amizade.

Na área do Otacildo, Luis Eduardo trouxe o triângulo da vida, explicando sobre o planejamento do espaço levando em conta o sol, a água e os nutrientes, depois foi mostrado um quadro evolutivo, mostrando os diversos processos até se alcançar um espaço de agrofloresta. Após a aula e os debates o grupo foi à prática, plantando novas espécies e podando algumas plantas para transformar em cobertura morta. Por fim o grupo marcou a próxima reunião, que será no início de março, em Quixadá – a comunidade e o dia ainda serão decididos. 

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